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Bolsonaro teme extradição e decide antecipar volta ao Brasil
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De férias em Orlando, ex-presidente está internado para tratar uma obstrução intestinal e está preocupado com saída pela ‘porta dos fundos’
Rio – Jair Bolsonaro (PL) decidiu encurtar as férias na Flórida, Estados Unidos. Preocupado a crescente pressão de congressistas do Partido Democrata, ex-presidente teme a saída do país pela ‘porta dos fundos’, caso o pedido de extradição avance na Câmara dos Representantes. Outra preocupação é avanço das investigações sobre os atos terroristas promovidos por bolsonaristas radicais no último domingo, 8, em Brasília.
Com os bastidores de Brasília em ebulição, Bolsonaro comunicou ao comando do PL, regido por Valdemar Costa Neto, a volta ao Brasil tão logo se recupere do quadro de obstrução intestinal. Bolsonaro está internado desde segunda, 9, em um hospital em Orlando. Em contato com a ‘CNN Brasil’, ele informou que está bem.
“Essa já é a minha terceira internação por obstrução intestinal grave. Vim passar um tempo fora com a família. Mas não tive dias calmos. Primeiro, houve esse lamentável episódio ontem [domingo] no Brasil e depois essa minha internação no hospital”, disse.
Após a catastrófica repercussão dos atos golpistas, marcado pela invasão à Praça dos Três Poderes, depredação, saques e vandalismo no Palácio do Planalto, no Senado e no Supremo Tribunal Federal (STF), o clã Bolsonaro reavaliou os próximos passos, e seus filhos o teriam convencido a antecipar a volta para o Brasil, onde perdeu a prerrogativa do foro privilegiado e é alvo de uma série de inquéritos e processos. O PL já escalou um time de advogados à espera de ações judiciais, em breve.
“Eu vim (aos Estados Unidos) para ficar até o final do mês, mas pretendo antecipar minha volta. Porque, no Brasil, os médicos já sabem do meu problema de obstrução intestinal por causa da facada. Aqui, os médicos não me acompanharam”, disse Bolsonaro.
Na segunda, 9, o senador Renan Calheiros (MDB) formalizou um pedido no STF para que Bolsonaro se apresente no país em 72 horas sob pena de ser preso. No entanto, é válido destacar que Bolsonaro não é investigado formalmente no inquérito das milícias digitais, aberto a partir do inquérito dos atos antidemocráticos.
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